Wilfried Wils era policial auxiliar em Antuérpia no início da Segunda Guerra Mundial. A cidade está sob o domínio da violência e da desconfiança. Wilfried faz o que pode por si mesmo, evitando caminhos muito escorregadios. Ele recebe atenção e apoio material de um homem que se aliou ao ocupante alemão, Meanbeard, mas também conta com a confiança de seu colega anti-nazista Lode, irmão da amada de Wilfried, Yvette. Wilfried luta para sobreviver enquanto a perseguição aos judeus continua inabalável.
Reviews e Crítica sobre Caminhos da Sobrevivência
Will, dirigido por Tim Mielants, é um filme que se preocupa principalmente em capturar momentos em close-up. A dinâmica espacial das cenas é secundária. Dito isto, Will tem um roteiro fantástico e os personagens estão firmemente enraizados na trama.
Will, baseado no romance de Jeroen Olyslaegers, exemplifica o cinema intelectual e empático. O filme se volta para o melodramático por um breve momento no terceiro ato, mas ainda é poderoso. A questão da amizade encorajando a covardia um no outro percorreu todo o filme, e havia uma noção muito clara de como lidar com isso, e o roteiro de Carl Joos e Mielants contribui significativamente. Além disso, o uso de elementos – lama, chuva e sol – ajuda a evocar emoções. Quando Will e seu companheiro Lode, da força policial de Antuérpia, entram com um ‘feldgendarm’, vemos bravura por um breve período, enquanto Will e Lode atiram no oficial alemão que estava tentando matar uma família judia. No entanto, a coragem é prejudicada quando os vemos encolher-se de medo, tentando desesperadamente proteger-se de Gregor Schnabel, o oficial SS que chega para investigar o desaparecimento.
Temos a ideia de que estamos assistindo ao retrato verdadeiro de um cara quixotesco perdido na Segunda Guerra Mundial, quando tudo que ele deveria fazer era ajudar as pessoas porque era policial. Estamos preparados para ver como o idealismo perece, ou talvez este seja um daqueles filmes em que um homem usa a “armadura da trama” para salvar todos os outros. Mas, como já afirmei, este filme tem um objectivo filosófico e não simplesmente divertido, o que pode tornar-se cruel tendo em conta a natureza da tragédia da guerra. Há também uma distração romântica ali, que eventualmente serve como martelo do filme quando vemos o tapete arrancado debaixo de nós.
Will tem a decência de não ser indiferente em suas críticas, e é por isso que o final nos atinge com força. Will e Lode são amigos que, em vez de encorajar a coragem um do outro, fazem o inverso. O filme é uma crítica crítica à camaradagem que a guerra proporcionou aos soldados. Eles agiram violentamente em grupos e perderam a coragem coletivamente. A fraternidade às vezes era a principal causa da diminuição das virtudes e da degeneração do espírito humano. Entretanto, há uma afirmação clara sobre como o toque feminino à resistência auxiliou na manutenção do sentido e propósito da sobrevivência.
O design de som de Will merece apreciação por usar ruídos que são como uma adaga afiada na garganta. Não é exagero, mas as respirações e os gemidos aumentam a intensidade da situação. A cada segundo, Gregor interroga Will; o som transmite o horror da situação. As atuações são notáveis, mas o elenco é perfeito. Stef Aerts como Wilfried Wils e Matteo Simoni como Lode são soberbamente interpretados, mas Annelore Crollet como Yvette rouba a cena como a pessoa verdadeiramente idealista em uma batalha dominada pelos homens.
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