Inspirado em uma história real, o filme mostra a jonada de Jem Belcher para se tornar o mais jovem campeão mundial de boxe, em 1800.
Reviews e Crítica sobre Rei do Ringue: A História de Jem Belcher
A história da vida real de Jem Belcher, que se tornou, aos 19 anos, o mais jovem campeão de boxe da Inglaterra – um recorde que nunca foi quebrado – daria um filme poderoso e emocionante. Infelizmente, não é bem isso.
As deficiências do filme podem ser, pelo menos em parte, devidas à sua gênese conturbada. Matt Hookings, que interpreta Belcher além de roteirista e co-produtor, nasceu em Newport, País de Gales, e esperava fazer o filme – que apresentaria seu primeiro papel principal – em sua cidade natal. Os planos de produção estavam bem avançados, com partes do Newport’s Westgate Hotel já transformadas em um clube Mayfair do início do século 19, completo com um ringue de boxe em tamanho real, quando a agência governamental galesa Creative Wales decidiu não financiar o filme. A produção foi forçada a mudar para a Lituânia, com algum financiamento garantido pela Malta Film Commission. Também houve relatos de disputas e lutas internas durante a pós-produção, exacerbadas por ameaças de ação legal. (Não menos que trinta pessoas são creditadas em várias capacidades de ‘produtores’ – nunca é um bom sinal.)
Também pode ser que Hookings tenha assumido muitos papéis. (Juntamente com suas várias outras funções, ele também retrabalhou parte da edição.) Prizefighter é seu primeiro longa como roteirista solo, e é no roteiro que o filme perde força. O arco da história é previsível – aspiração, sucesso inicial, triunfo, adulação social, queda, derrota – e o diálogo apresenta muitas linhas bem gastas como “Os olhos são as janelas para a alma de um homem”. Uma mão mais leve no roteiro poderia muito bem ter ajudado – talvez a do diretor Daniel Graham, cujos roteiros provocativamente lúdicos para seus dois longas anteriores (Opus Zero, 2017; e The Obscure Life of the Grand Duke of Corsica, 2021, em que Hookings interpretou Francisco de Assis) fez muito para aumentar seu apelo inusitado. Mas desta vez, Graham não tem crédito no roteiro.
Não há como negar, porém, que o filme parece bonito – especialmente nos episódios ambientados na sociedade londrina, onde o diretor de fotografia Ben Braham Ziryab cria uma paleta decadente de vermelhos escuros e marrons exuberantes. Nas cenas de luta, sua câmera ágil se abaixa e se move, auxiliando os lutadores em sua brutalidade sangrenta, enquanto um elenco escolhido inclui Russell Crowe como o avô de Jem, Jack, que o coloca em seu caminho de pugilismo; Jodhi May como sua mãe de olhos tristes; e Ray Winstone como seu astuto gerente e treinador Bill Warr. Hookings mergulha profundamente no papel-título com prazer e convicção inquestionável. Mas, afinal, está no sangue: às margens do rio Usk, em Newport, a poucos passos do Westgate Hotel, fica a estátua de bronze do pai de Hookings, o ex-campeão britânico de boxe peso-pesado David ‘Bomber’ Pearce.
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